O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza,
apresentou nesta sexta-feira (17) uma proposta de criação de "cidades
temporárias" nos municípios da região metropolitana de Porto Alegre.
As "cidades temporárias" serão instaladas
na capital gaúcha, em Canoas, São Leopoldo e Guaíba, municípios
que concentram cerca de 70% dos desabrigados do estado. O último
balanço divulgado pela Defesa Civil estadual indica que aproximadamente 80
mil pessoas estão em abrigos.
Durante entrevista à imprensa, o governador Eduardo
Leite anunciou o vice-governador como coordenador das ações
emergenciais.
"São locais para que, durante algum tempo, as pessoas
possam estar albergadas com mais conforto e dignidade. A estrutura contará com
administração, almoxarifado, postos de saúde, brinquedoteca, espaço para
animais de estimação, chuveiros, banheiros, triagem de quem entra e sai, além
de assistência social," explicou o vice-governador.
As áreas de instalação das cidades temporárias em cada
município estão sendo avaliadas em conjunto com as prefeituras. Pela
proposta inicial, serão montadas no Complexo Cultural do Porto Seco, em
Porto Alegre; no Centro Olímpico em Canoas; e no Centro de Eventos em São
Leopoldo. Ainda não foi definido o espaço a ser utilizado em Guaíba, de acordo
com o governo do estado.
As estruturas terão capacidade para acomodar de 900 a 1
mil pessoas. A montagem terá duração de 15 a 20 dias, com previsão de início
cinco dias após a assinatura do contrato com o fornecedor.
O governo do estado também planeja oferecer aluguel social e
criar abrigos temporários com o apoio de instituições internacionais com
experiência em desastres, além de áreas com casas definitivas.